Durante a sua presidência, o FDIC procedeu a 365 resoluções bancárias em que praticamente não houve quaisquer perdas nos depósitos superiores a 250 mil dólares, salvo muito raras excepções.
"A pergunta que me faziam permanentemente durante a crise era se nós éramos mesmo capazes de assegurar a garantia dos depósitos: 'Têm dinheiro suficiente para proteger os nossos depósitos?'", contou Bair durante a conferência sobre "Regulatory Measures to Prevent Another Crisis" que foi organizada na quarta-feira pelo CFA Institute Brussels.
"Tínhamos 50 mil milhões de dólares para garantir depósitos, mais o apoio da Reserva Federal (FED), e isso foi absolutamente essencial para evitar uma corrida aos bancos, o que não aconteceu", contou Bair.
"Um sistema baseado no conceito de "too big to fail" (demasiado grande para pode falir) é um sistema que não quero salvar", disse ainda a ex-presidente do FDIC, uma frase que considero muito interessante.
Bair, de 60 anos, presidiu ao FDIC, por nomeação do ex-presidente americano George W. Bush, entre 2006 e 2011. Apesar de ser próxima dos republicanos, foi sempre, e mesmo antes da crise, uma grande crítica dos excessos do sector financeiro e uma firme defensora da necessidade de regular o sistema, postura que mantém actualmente.
Formada em filosofia e direito, assumiu, entre outros cargos, postos importantes nos Departamentos da Saúde e Educação e do Tesouro, na Bolsa de Nova Iorque, e enquanto conselheira principal do líder dos Republicanos no Senado, Bob Dole. Desde que saiu do FDIC, em Julho de 2011, foi senior advisor do The Pew Charitable Trust (sem fins lucrativos), de onde saiu para integrar o Board do Banco Santander em Janeiro de 2014.
Bair foi considerada pela revista Forbes, em 2008 e 2009, a segunda mulher mais poderosa do mundo, a seguir à chanceler alemã, Angela Merkel.
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