A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de
aumentar o financiamento de emergência (ELA) aos bancos gregos em 900 milhões de euros ao
longo de uma semana confirma que, para Draghi, a Grécia
"é e permanecerá" no euro, como fez aliás questão de o dizer
preto no branco. Esta postura coloca-o em rota de colisão com o ministro alemão
das finanças, Wolfgang Schäuble, que continua a considerar que uma saída da
Grécia do euro - um Grexit - será a melhor opção para a zona euro e para a
Grécia.
Mesmo se o
montante é pouco significativo (face aos
89 mil milhões de euros já fornecidos pelo BCE por esta via) a decisão de Draghi garante que os bancos gregos poderão
reabrir, mesmo se de forma limitada, depois de quase três semanas de
encerramento forçado para evitar fugas de capitais associadas aos receios de
uma saída da Grécia do euro.
Mas Draghi defendeu ainda sem ambiguidades o seu apoio a um perdão da dívida grega, o que o coloca, de novo, contra a posição da Alemanha que apenas aceita prolongar prazos de reembolso e baixar taxas de juro.
"É
incontroverso que um alívio é necessário, e penso que nunca ninguém o
contestou. A questão é saber qual é a melhor forma de alívio de dívida no nosso
(...) enquadramento legal e institucional. Penso que nos focalizaremos neste
ponto nas próximas semanas", disse Draghi na conferência de imprensa que
se seguiu hoje à reunião quinzenal do Conselho de Governadores do BCE.
Obrigada, Mario
Draghi! Não deixarei de expressar o meu agradecimento no nosso próximo debate
no Parlamento Europeu
No comments:
Post a Comment