Esta ligação foi recentemente feita pela Alemanha, que afirma que só pode aceitar o EDIS depois de os bancos terem reduzido os riscos ligados à exposição à dívida soberana.
Isto apesar de a protecção dos depósitos até 100.000 estar prevista desde 2012 enquanto terceiro pilar da União Bancária europeia - sendo os outros dois o Mecanismo Único de Supervisão (SSM) e o Mecanismo Único de Resolução (SRM) dos bancos falidos ou em risco de falir.
A redução do
risco soberano dos bancos deve ser abordada mas não no quadro do EDIS - que já
constitui uma versão aquém da promessa inicial dos Governos europeus de criação
de uma Garantia Comum de Depósitos (DGS).
A União
Bancária já dispõe dos seus próprios mecanismos de redução de risco.
Não é por isso aceitável que se coloque agora na agenda a
questão dos riscos soberanos enquanto contrapartida do que já foi acordado em 2012 para a União Bancária.
Benoit Coeuré, um dos seis membros do Comité Executivo do BCE tem a mesma opinião. Durante uma audição no Parlamento Europeu, disse, em resumo e em resposta a uma pergunta que lhe coloquei:
- Esta questão
"não se pode reduzir apenas a uma troca entre o EDIS e a exposição
soberana";
- "Tem todo o sentido" abordar esta questão no quadro
da redução dos riscos dos bancos, que não se limitam ao risco soberano e incluem, nomeadamente, o crédito incobrável
e a melhoria do capital dos bancos;
- "É um debate que atinge muitas outras
dimensões além da União Bancária";
- "Deve haver um movimento para a limitação da exposição soberana,
mas isto tem de ser feito de forma prudente e tanto quanto possível consistente
com o que está a ser feito a nível internacional, e estamos muito longe
disso".
Eis os vídeos da pergunta e da resposta:
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