Paulo
Rangel, do PSD, fez hoje uma intervenção vergonhosa e anti-patriótica na sessão
plenária do Parlamento Europeu, ao afirmar que um futuro Governo do PS vai
quebrar todos os compromissos de governação económica assumidos por Portugal
junto da União Europeia. Foi um discurso com o claro objectivo de minar o
terreno do próximo Governo no qual é implicitamente pedido à Comissão Europeia
para usar uma bomba contra Portugal. É uma jogada baixa de que não há memória.
Não contente, Paulo Rangel abandonou pouco depois o plenário, recusando assim
um debate sobre a questão.
Na minha intervenção, afirmei,
entre outros aspectos, e dirigindo-me ao comissário Valdis Dombrovskis,
responsável pelas questões da governação económica:
"... quero garantir-lhe que
o partido socialista em Portugal tem sido sempre o partido mais pró europeu e
que o programa do governo que tem sido preparado enquanto alternativa para
aquele que acabou de ser demitido respeita plenamente os compromissos assumidos
por Portugal relativamente à Europa e com o quadro de governação económica.
Esta é uma garantia que penso que nenhum tipo de política partidária deveria
pôr em causa e espero, e confio, que se este Governo chegar ao poder com o
apoio dos partidos da esquerda no parlamento português, que isso seja
considerado como um procedimento democrático normal e que o senhor, enquanto
comissário, pense e actue de forma independente das políticas
partidárias".
Em resposta a Sofia Ribeiro,
também do PSD, que continuou na mesma linha de Rangel, afirmei
nomeadamente que:
"O programa que o Partido
Socialista apresentou e trabalhou e que agora foi reajustado em função do
acordo legítimo" resultante dos "votos dos cidadãos
portugueses (...) não põe minimamente em risco nem os compromissos
relativos ao cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) nem os
compromissos relativamente ao MTO (objectivo de défice orçamental zero ou
próximo de zero a médio prazo). Essa foi a baliza fundamental na qual todas as
propostas foram trabalhadas e foram trabalhadas com um detalhe que nunca
existiu nem existe no programa do PPE e não existe nem existiu no programa da
coligação (PàF)".
Rangel tinha dito a dada altura:
"Não queria no entanto
deixar de chamar a atenção neste exacto momento para a situação particular de
Portugal, onde acaba de ser demitido pela AR e com plena legitimidade
o governo português, mas onde foi feito um acordo com as forças da extrema
esquerda com o Partido Socialista que põe em causa, tendo em conta os números
que estão apresentados, o equilíbrio que até agora tem sido seguido em
Portugal"
Os videos do debate podem ser
vistos nos links a seguir: a intervenção de Paulo Rangel, a reacção de Marisa
Matias (BE), a minha intervenção, a interpelação de Sofia Ribeiro e a minha
resposta:
http://www.europarl.europa.eu/sides/getVod.do?mode=unit&language=EN&vodId=1447253337627#
http://www.europarl.europa.eu/sides/getVod.do?mode=unit&language=EN&vodId=1447253483498
http://www.europarl.europa.eu/sides/getVod.do?mode=unit&language=EN&vodId=1447254764882
http://www.europarl.europa.eu/sides/getVod.do?mode=unit&language=EN&vodId=1447254933537
http://www.europarl.europa.eu/sides/getVod.do?mode=unit&language=EN&vodId=1447254968659
Deputada no Parlamento Europeu (PE) desde 2004, sou a coordenadora dos eleitos de toda a UE com assento no Grupo Parlamentar dos Socialistas e Democratas - S&D - na comissão parlamentar dos assuntos económicos e monetários (ECON). Sou, igualmente, co-relatora da Comissão Especial do PE TAXE encarregue de examinar as práticas fiscais agressivas dos países da União Europeia (UE) e de propor pistas para lhes pôr cobro. Todas as opiniões aqui expressas são estritamente pessoais.
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Será o "Pato de Estabilidade" um prato servido no refeitório do Parlamento Europeu? Que mal tratada é a nossa língua...
ReplyDelete"....cumprimento do Pato de Estabilidade e Crescimento..." Pato só se for assado no forno e com laranja.
ReplyDeleteEsse Pato é que é vergonhoso! Venderem-se e ajoelharem-se perante países corruptos como o Brasil que ainda se riem de nós é que é vergonhoso! Patos são também todos os portugueses que votam em partidos sem critérios de imigração que destroem o país vai para duas décadas, servindo um vergonhoso AO90 a frio por causa das chamadas "igualdades" podres, para os coitadinhos que cá meteram dentro passarem e serem doutores da mula russa apenas com números para Bruxelas! Patos são os portugueses que preencheram o Censos vergonhoso da época Sócrates, para passarem a financiar um enorme estado social, com os chamados contadores inteligentes de electricidade enquanto os penduras do sistema como esses que tanto gostam de ir buscar ao aeroporto vindos da Síria, África, Brasil etc ficarem com contadores antigos pagos pelos nossos Patos reformados! Destruiram a saúde e educação! Então dão médico de família a malta da Síria enquanto existem portugueses que não têm? Depois Patos são os políticos socialistas dos facilitismos que acham que dão 6.000eur a cada Sírio e que eles ficariam cá a limpar matas e apagar incêndios como sugeriu o vosso líder de Goa! Eles não querem ficar cá! Abram os olhos! E cada vez mais portugueses estarão divorciados do seu país porque o país se divorciou deles e querem fugir daqui não por aquilo que dizem que a direita fez, mas pelas vossas medidas de destruição do país com a mania das "igualdades" podres!
ReplyDeleteIsto parece que foi ao Google Translate ou então, na dúvida, é tirar tudo o que for 'c', em alguma coisa deverão acertar.
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